segunda-feira, 22 de março de 2010

Náufrago das Ilusões

Parado..
Sentado
Observado..

O náufrago desacreditava no sentido..
Para ele..nada tinha nexo..
Cores...
Formas..
Objetos..

Saboreava o resto da sua vida
Como se fosse o ultimo gole da velha garrafa de rum
Para ele, aquele momento era o apse da desonra..

Sem ordem
Sem lei..
Sem hombridade

Simplesmente virava o rosto ao ver um arco iris
Tampava os ouvidos desesperadamente após o primeiro canto do bem-te-vi das 5 horas
Só tolerava os dias ensolarados pois não tolerava as gotas molhadas provindas da chuva


Esperança..
Essa palavra não existia no seu vocabulario
Vivia para não morrer..
Morria para não viver..

Todo dia nascia e morria..
Nascia com o sol e morria com a madrugada

O velho náufrago desacreditava no amanha
Não tinha sensações com os sentidos
Para ele a vida era exatamente o que ele desacreditava
Um naufrágio..
Onde ele estava a deriva em um mundo de ilusões!

Um comentário:

  1. lendo esse texto lembrei da música de Marisa monte q responde a uma certa ausência, tristeza...

    Cores imagens
    Cores imagens
    Cores imagens
    Cores

    Originais
    As flores demais
    As cores e mais amores

    Cores imagens
    Cores imagens
    Cores imagens
    Cores

    Originais
    As flores demais
    As cores e mais amores

    Não me ensina a morrer
    Que eu não quero
    Há diferença abstinente
    No prosseguir da gente
    Sei que a tendência
    Anda nas frestas
    No decidir da mente
    É como se perder de Deus
    E eu não quero

    Eu não quero me perder
    Eu não quero te perder
    Perdao você

    Eu não quero me perder
    Eu não quero te perder
    Perdao você

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